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Taís e Roberta Bento

Você tem ensinado seu filho sobre Tolerância?


6 crianças numa escola, todas sorridentes. uma delas está em uma cadeira de rodas.

Não importa o quanto você se considera uma pessoa do bem. Nós, adultos em pleno 2024, fomos criados em um mundo absolutamente preconceituoso e muito disso ficou dentro de nós, agindo de forma sorrateira. O primeiro passo para ajudar nossos filhos a serem adultos melhores do que somos é admitir que nossa infância e juventude foi mal nesse aspecto. Era comum rotular pessoas, de acordo com alguma característica específica e diferente do considerado “padrão”, como se isso fosse de alguma forma engraçado. Raça, gênero ou religião diferentes dos nossos eram abertamente criticados como se as pessoas “certas” fossem somente aquelas que compartilhavam das mesmas crenças, costumes ou etnia. Na tentativa de proteger os filhos, os pais muitas vezes mantinham escondidos dentro de casa aqueles que tinham alguma deficiência ou orientação sexual diferente. Sem acesso aos mesmos direitos, acabavam não desenvolvendo seu potencial e as pessoas buscavam no adulto que se tornaram a confirmação das crenças que haviam sido plantadas. O desafio de educar filhos sem preconceitos começa dentro de casa.


Muitas pesquisas provam que atitudes, posturas e vocabulário preconceituosos dos pais falam mais alto do que qualquer discurso politicamente correto. Mesmo o tom de voz que os pais usam ao dirigir a palavra a determinada pessoa ou ao se referir a um grupo social são capazes de formar um comportamento preconceituoso em uma criança. Como responsáveis, precisamos trazer, de forma consciente, para nosso dia a dia posturas que ajudem nossos filhos a construir um amanhã no qual a Tolerância seja uma postura tão natural que nem seja necessário ensinar sobre ela.


Como os pais e responsáveis podem ensinar a Tolerância:

  • Pelo exemplo: a forma como você se expressa na hora da raiva, tensão ou medo tem um impacto maior na forma como seu filho vai lidar com diferenças do que tudo aquilo que você prega como discurso no dia a dia. Tente recordar as palavras que usa quando o jogador do seu time é derrubado pelo adversário. Ou os comentários que faz quando uma vizinha conta que um funcionário sumiu levando alguns pertences. Ou quando fica sabendo, durante uma noite de bebida e diversão com amigos, que o/a filho/a de um amigo assumiu ser homossexual. Sua postura nessas situações revelam o preconceito que está aí, escondido de outros adultos, mas totalmente perceptível como postura a ser imitada pelo seu filho. 

  • Leitura: quando os pais leem com seus filhos, criam oportunidades para falar sobre situações que ocorrem nas histórias e que podem ser fonte para despertar nas crianças a consciência sobre a importância do respeito a outras culturas, gostos, questões de gênero, característica físicas.

  • Já sentiu aquele frio na barriga, achando que seu filho ia fazer uma pergunta “inadequada” bem na frente daquela pessoa que ele achou “diferente”? Uma criança que pergunta sobre a cor ou deficiência de outra pessoa não está sendo preconceituosa. É simplesmente a maneira de lidar com o diferente. Como evitar? Você não evita a curiosidade da criança, evita que um outro se humano seja visto como algo curioso! Isso acontece quando a criança convive somente com pessoas parecidas demais com vocês. Veja desenhos, leia livros, assista a vídeos, visite restaurantes e praças onde pessoas de origem diferentes estejam presentes. Valorize aspectos culturais de povos e religiões diferentes das suas. Destaque obras de arte, músicas, heróis e feitos que deixaram marca para a humanidade e fale sobre as pessoas que tiveram participação nesses legados.

  • Quer ajudar seu filho a enfrentar situações em que ele presencie ou seja vítima de preconceito? Não diga que “somos todos iguais”. Uma criança que sempre ouve dos pais que “todos merecem respeito, pois somos todos iguais”, vive um conflito interno quando se percebe com altura, sotaque, costumes, cor de pele, estrutura familiar diferente das outras crianças com quem convive. Quando o pressuposto é de que todos somos iguais, as diferenças segregam. Todo mundo busca o conforto nas semelhanças. É normal do ser humano. Se nosso modelo mental nos disser que todos somos diferentes, passamos a buscar as semelhanças em pontos que não podem ser vistos com os olhos. Nasce então naturalmente a necessidade de conhecer o outro, encontrar nossos pontos comuns e respeitar as diferenças. Quanto ao que os olhos veem, que sirva de pista para pensar como deixar nosso mundo acessível a todos, sem obstáculos que dividam, separem, segreguem ou impeçam qualquer pessoa de exercer plenamente seu direito de estar, ir e vir. E viva a diversidade como algo a ser estimulado e celebrado, sempre! 



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