Separamos 3 dicas especiais para pais de adolescentes. A consequência é a mudança na relação e nas atitudes do adolescente perante a família e, em consequência e de forma inconsciente, perante os estudos.
Nossas dicas são:
1. Faça algo que envolva movimento
Devido aos processos de desenvolvimento característicos da adolescência, principalmente a velocidade do desenvolvimento do cérebro nessa fase da vida, o envolvimento de adolescentes em qualquer tipo de atividade ou conversa será maior e mais duradouro se ocorrer de maneira ativa.
Isso se aplica principalmente para meninos. Ao invés de tentar ter uma conversa séria, sentada no sofá da sala, pense em uma maneira de fazer junto com ele uma atividade que exija movimento. Mesmo uma caminhada já é o suficiente para que o adolescente converse de maneira mais desenvolta. Não precisa ser nada radical, como a prática de um esporte. Pode até envolver somente o uso das mãos. Por exemplo, peça a ele que ajude com a louça da pia ou da mesa que precisa ser posta e converse durante enquanto ele faz isso. Perceba como ele falará, sem perceber, de maneira mais aberta e sem constrangimento.
Usar mais de um sentido simultaneamente ajuda o adolescente a se comunicar. Isso explica o porquê da Tv e rádio ligados ao mesmo tempo!
2. Exponha seu filho a uma maior variedade de experiências
Essa é a fase em que o cérebro mais produz massa cinzenta. O que isso significa? Que se aplica ainda mais ainda mais o famoso: “a prática leva à perfeição”. Eis uma razão neurológica para expor seu filho adolescente a uma variedade de experiências . Hábitos desenvolvidos durante a adolescência têm grande chance de serem levados para o resto da vida. Por este motivo, vale o esforço de ajudar seu filho a encontrar sua atividade física favorita e incentivar atividades que gerem prazer por novos aprendizados. Seja qual for a rotina seguida durante a adolescência, ela se tornará o “normal” na vida adulta. É essa a hora de buscar o equilíbrio entre uso da tecnologia e uma vida social e física saudáveis.
Em qualquer idade o cérebro reforça as ligações das atividades que mais repete. Mas, assim como nas emoções e relacionamentos, na adolescência isso ocorre com uma intensidade muito maior!
3. Dê opções para que ele decida.
“Tanto faz” ,“Sei lá” , ou expressões desse tipo aparecem várias vezes ao dia na vida do seu filho? Será que ele é tão desinteressado assim? Quando falamos de adolescentes, este tipo de expressão nem sempre deve ser relacionada com falta de interesse. Neurocientistas comprovaram que, no início da adolescência, a parte do cérebro responsável pela produção de linguagem ainda não está completamente formada. Por isso a maior dificuldade deles gerarem palavras e se expressarem em algumas situações. Você deve se contentar com isso? Não!!! Como não é interesse que falta, nada como exercitar para melhorar. Estimule seu filho a responder perguntas abertas. Uma maneira de fazer isso é oferecer opções para que ele escolha uma delas. Se quiser ir ainda mais adiante, assim que ele escolher uma opção pergunte o porquê da escolha.